Rio Mississipi

Abri os olhos, parecia que não tinha dormido nem uma hora e já era de novo de dia. Suspirei olhando para Charlotte e sorri levemente quando a vi ainda a dormir praticamente na mesma posição. Passei os dedos pela sua mão que estava pousada em cima da cama e agarrei-a dando-lhe um pequeno beijo na mesma. Eu gostava mesmo dela apesar de tudo o que tinha dito e tudo o que continuava a dizer.

Encolhi-me mais à procura do quentinho mas apesar de estar de olhos fechados, sabia que já não conseguia dormir mais. Mordi o interior da bochecha com um sorriso nos lábios quando senti os dedos do Riley a passar pela minha mão e depois os seus lábios a passar pela mesma e abri um olho para o conseguir ver - Olá. - cumprimentei com a minha voz ainda rouca do sono - Dormiste bem? - perguntei enquanto me espreguiçava e chegava mais para ele - Às vezes mexo-me muito.

Olhei-a quando a senti virar-se para mim e sorri ao ouvi-la cumprimentar-me, pousando a sua mão onde estava - bom dia - assenti com a cabeça - nem dei pelo tempo passar e acho que tu também não te mexeste muito hoje- disse voltando a deitar a cabeça na almofada mas mais perto dela beijando-lhe o maxilar e puxando-a mais para mim.

Parte de mim esperava muito a sério que não, mas a outra parte achava que ele ia acordar com aquele humor horrível dele, em que me ia expulsar da cama aos pontapés e mandar-me sair da casa dele. Mas não. Tinha acordado tão fofo e adorável como tinha estado no dia anterior. Fechei os olhos com um sorriso ao sentir o beijinho dele no meu maxilar e cheguei-me mais para o peito do Riley - Ainda bem. - murmurei baixinho enquanto metia um dos meus braços por cima do corpo dele - Parece que sempre que durmo contigo fico sossegada.

Olhei-a quando se virou para mim e ajeitei-lhe as mantas em cima dela de forma a que eu ficasse a dar-lhe festinhas nas costas. Encostei-me mais a ela, sorrindo quando me disse que ficava sossegada e beijei-lhe os lábios - isso é porque eu sou uma óptima influencia para ti - disse com um sorriso e uma expressão convencida.

Puxei as mantas mais para cima de mim e encostei-me melhor ao peito do Riley, rindo-me com o que ele disse e mordendo-lhe o peito de seguida - Não sejas convencido. - depois de encostar a cara ao peito dele, fechei os olhos e sorri - Tenho fome. - levantei o olhar novamente para o Riley e ri-me ao ouvir a minha barriga soltar um ronco - Mas não me apetece levantar daqui quando estás tão querido. - estiquei-me até lhe conseguir beijar o maxilar demoradamente.

Olhei-a quando disse que tinha fome e passei os dedos pelo seu cabelo mandando-o para trás - não vou deixar de ficar querido por irmos comer - ri-me beijando-lhe os lábios - depois sempre podemos voltar para o quarto - disse abraçando-lhe a cintura - se quiseres - encostei a cabeça à dela roçando os meus lábios nos dela.

Ri-me quando o Riley disse que não ia deixar de ficar querido só por irmos comer e assenti com a cabeça, afastando as mantas da cama até conseguir sair da mesma - Sim, depois podemos voltar. - disse com um sorriso, dando graças a deus por ser fim de semana e não haverem aulas, e por o Riley estar assim, super adorável. Esperei que ele saísse também e deixei-me ir só com a camisola dele vestida. Era comprida pelo que tapava bastante e tinha a certeza que não ia chocar ninguém. Sempre era melhor que me verem andar a passear de roupa interior.

Quando me levantei não me preocupei em vestir mais roupa, apesar de só estar de boxers, e desci as escadas até à cozinha. Era cedo e a minha mãe devia estar agora a dormir, porque tinha chegado de madrugada do turno, o meu pai estava já a trabalhar por isso a casa era só nossa. Quando chegámos à cozinha abracei a cintura de Charlotte, encostando-a a mim - o que é que queres comer? - perguntei-lhe baixinho.

Encostei-me ao peito do Riley com um sorriso mal ele colocou os braços à volta da minha cintura para me puxar para si. Encolhi os ombros para lhe responder e estiquei-me para lhe conseguir beijar a bochecha - Qualquer coisa, não sou esquisita. - entrelacei os meus dedos nos dele e afastei-me dele para o deixar tirar as coisas que precisávamos de fazer para tomar o pequeno-almoço - Por isso eu como o mesmo que tu.

-Isso não foi muito esclarecedor - brinquei com um sorriso - espero que gostes de cereais - encolhi os ombros, quando estava por casa não era de comer muito. Estiquei-me até duas taças com cereais e coloquei leite em ambas enfiando cereais de chocolate tanto numa como noutros. - Anda para o quarto, depois trazemos a louça para a cozinha - tinhamos que o fazer ou a minha mãe passava-se.

Ri-me e encolhi os ombros - Não faz mal, tu percebeste. - ia sentar-me numa das cadeiras no momento em que o Riley disse para irmos para o quarto. Agarrei numa das taças de cereais e caminhei atrás dele de volta para o seu quarto. Sentei-me na cama com cuidado para não entornar o leite e os cereais e comi logo uma colherada porque estava mesmo cheia de fome - És ótimo a fazer cereais. - brinquei com um meio sorriso - Acho que tens de me fazer o pequeno-almoço mais vezes.

Sentei-me na cama encostando as costas à almofada e revirei os olhos com um sorriso quando ela disse que tinha que lhe fazer o pequeno almoço mais vezes porque os cerais estavam bom. - Fazer cereias é a coisa mais difícil de sempre - disse - é preciso receita e tudo - levei mais cereais à boca bebi o leite quando eles já tinham acabado pousando a taça em cima da mesa de cabeceira esperando que ela acabasse para a puxar para a cama.

- Por isso mesmo é que vais ter de me fazer mais vezes. - assim que acabei de comer, pousei a taça vazia na mesa de cabeceira do Riley, sendo de seguida puxada por ele para a cama. Puxei as mantas para cima de nós os dois e encostei-me completamente ao seu corpo, roçando os meus lábios pelo seu maxilar com um sorriso - Agora vamos ficar aqui feitos preguiçosos? Não estou a resmungar, espero é que isto continue.

Sorri quando a sentir roçar os lábios nos meus e beijei-a de novo rindo-me ao ouvi-la perguntar se iamos ficar ali feito preguiçosos - não precisamos de parecer preguiçosos - encolhi os ombros com um sorriso malandro dando-lhe beijinhos no pescoço de uma forma calma- ou se quiseres podemos ir buscar a minha irmã.

Encolhi-me toda com o beijo do Riley no meu pescoço e ri-me - O que é que isso quer dizer? Não sermos preguiçosos? - perguntei de olhos semicerrados mas rapidamente sorri assim que o ouvi falar na irmã - Pois podemos, ela é adorável. - disse toda derretida antes de roçar os meus lábios pelos dele - Mas só se fizermos assim: eu dou atenção à tua irmã, e tu dás-me atenção a mim. - mordi-lhe o lábio inferior com um sorriso malandro.

Encolhi os ombros com um sorriso malandro e ri-me quando falou da minha irmã. - Eu posso dar atenção às duas - abracei-lhe a cintura e beijei-lhe os lábios, levantando-me de seguida - fica aqui eu vou busca-la- pedi e fui ao quarto dela vendo-a a dormir com a boca meio aberta. Sorri agarrando nela e beijei-lhe a testa indo até ao quarto tentando não a acordar.

- Hmmm. - disse muito demoradamente com um ar pensativo - Está bem. - sorri quando vi o Riley sair da cama para ir buscar a irmã ao quarto dela e sentei-me, puxando as mantas mais para cima de mim para ficar quentinha apesar de nem estar assim frio - Despacha-te. - disse alto para que o Riley ouvisse mas não demasiado alto porque não sabia se havia mais gente ali em casa e os fosse chatear.

Entrei dentro do quarto e enfiei-me na cama deitando a bebé em cima da minha barriga. Sorri passando as mãos pelas suas costas e ajeitei-lhe o gorro fofinho que ela tinha - quero ter uma destas quando for grande - disse rindo-me de seguida - sou tipo um irmão babado, ela despertou o relógio biológico macho que existe em mim.

Derreti-me toda ao ver a irmã do Riley a entrar no quarto e afastei as mantas para que ele se conseguisse deitar na cama de novo, tapando-o depois de a colocar em cima da barriga dele. Ajeitei-lhe o gorrinho adorável e levantei o olhar para o Riley com um sorriso - És adorável com ela. - disse fazendo uma festinha na sua bochecha rechonchudinha - Por isso tenho a certeza que vais ser um ótimo pai. - sorri-lhe e cheguei-me mais para onde eles estavam para conseguir dar miminhos à pequenina.

-Eu sou sempre adorável - disse colocando um braço por de baixo da cabeça e olhei para a minha irmã que começava a fazer caretas e a despertar aos poucos, mas como sentia que estava ao pé de alguém nem se preocupou em chorar, apenas fez um beicinho adorável e apesar de me apetecer ser eu a agarra-la deixei que ela o fizesse.

- Nem sempre. - disse deitando-lhe a língua de fora e agarrei na bebé ao colo quando a vi a acordar e fazer beicinho. Como já estava sentada na cama, deixei-a estar encostada ao meu peito enquanto lhe dava festinhas nas costas - Ela é tão adorável. - sorri e dei-lhe um beijinho na testa, baixando-me de seguida em direção ao Riley para lhe beijar a bochecha.

Revirei os olhos quando pôs em dúvida a minha adorabilidade e encostei-me à cama ficando a olha-las às duas com um sorriso nos lábios. - E nunca chora -disse-lhe - é muito bem comportada - elogiei. Dei-lhe festinhas nas costas e sentei-me também na cama aproximando-me das duas e beijando a bochecha de cada uma.

- Pois é. - concordei com um sorriso e no momento em que o Riley vinha para me dar um beijo na bochecha, virei a cara na sua direção e ele acabou por me beijar na boca. Sorri toda orgulhosa e sentei a pequenina nas minhas pernas, com as costas encostadas ao meu peito, tapando-lhe as pernas com as mantas da cama de seguida - Eu acho que a podíamos raptar e levar para a universidade. - brinquei - Ou então passávamos a vir cá todos os dias.

Ri-me quando a falou em raptar e abanei a cabeça - acho que é melhor não, ela ia ser muito cobiçada pelos universitários e isso era um problema - disse dando uma festinha na minha irmã que estava toda sorridente a fazer barulhos tipicos de bebés. Olhei para Charlotte e levantei as sobrancelhas - queres vir cá todos os dias? - perguntei com um sorriso.