Quarto do Alex Pettyfer e Aleksander Snochatkentsko

- Nossa é uma história típica de Universidade mesmo, mas agora arrepende-se por ter passado a bola pra outra? - Perguntei extremamente curioso, defeito de geminiano, mas de maneira educada, esperando não ofendê-lo.

- Sim de fato é um belo clichê, mas tendo um filme disso, e de origem russa, você seria vingativo ao ponto de esquartejá-la e o forçar ele a te servir de tal maneira, prazerosa... - Dizia rindo extremamente em seguida - Isso era comédia para mim e meu pai.

- Quem vê de fora diz ser um acampamento gigante para a próxima Guerra Mundial, gente fria, costumes sádicos, é onde a morte é o prêmio de sua derrota... - Disse num tom amedrontador, rindo em seguida das próprias palavras - Tudo gira em torno disso, e o povo gosta, voluntariamente dizendo.

- Agradeça-os muito principalmente tua mãe, que pelas suas palavras deve ser a senhora mais compreensível de toda a Itália, aproveite cada momento com ela, pois não é pra sempre que poderá fazer isso... - Ri com ele de maneira menos alegre deixando escapar uma única lágrima, por conta da falta de uma presença materna que sempre tive.

Alex havia percebido a lágrima em meu rosto e pareceu sem jeito diante dessa situação - Não Alex, está tudo bem... E agradeço por perguntar, é apenas um sentimento de saudade repentino, meu pai se desdobrou em dois para me criar, e eu também tive que fazer muita flexão mas, mãe é mãe... - Disse ao limpar a lágrima em meu rosto, sentando-me na cama e encarando o lençol cabisbaixo.

A história de Alex somada á minha saudade maternal, e outras coisas a mais que Vodka poderia proporcionar fizeram com que mais lágrimas insistissem em sair por meus olhos, com a visão embargada resolvi deixá-las seguirem seu caminho, colocando a minha mão direita no ombro esquerdo desse dizendo - A vida ás vezes nos dá golpes tão fortes, e nos testa tanto, superar isso nunca é fácil, e não sei se um dia vou superar a morte dela... - Dei uma breve pausa - Ás vezes me culpo por isso, mas acho que ela fez isso pra me ver, de onde ela quer que esteja, ter sucesso e lhe dar muito orgulho um dia... - Alex também parecia comovido, enfim, esqueci de qualquer coisa, e o abracei firmemente, dando uns breves tapas em suas costas.

- Assim espero, e posso adiantar que a sua família também o deve admirar muito pelo seu talento musical, principalmente seus pais... - Disse calmamente, desfazendo o abraço - E desculpe, acho que o apertei além da conta, hábito russo de abraçar os outros fortemente... - Disse ao depositar a mão no ombro deste, rindo um pouco sem graça.

- Sim de fato, espero ter muitos momentos bons que poderei lembrar-me futuramente daqui, pelo menos minhas expectativas são boas... - Dizia calmamente, vendo-o corar um pouco e baixar a própria cabeça - Err... Parece envergonhado, o que te acontece? - Perguntava curioso, com um certo ar de riso.

Não contive o riso ao ver Alex gaguejando e atropelando as próprias palavras, logo impressionando-me a receber um leve tapa no ombro, fingindo certa dor no mesmo - E eu pensando estar descontrolado com minha força, tu é forte hein! Doeu... - Disse ainda mantendo a expressão, contendo mais risos ao máximo.

- Na verdade... Por que se menospreza tanto? - Perguntava calmamente, encarando-o fixamente de maneira um tanto séria - Realmente é difícil de entender essa situação... - Dizia um pouco preocupado, rindo com este ao mostrar a língua.

- Esse seu ''humilde'' de fato não convenceu-me em absolutamente nada... - Gargalhei alto junto de Alex dizendo - Mas é tímido com as pessoas? - Perguntava já sentindo-se um conselheiro amoroso.

- Falta de necessidade de pessoas... E o que faz para divertir-se? - Perguntava calmamente logo ouvindo sua confissão sobre a própria humildade - E quem sou eu pra julgar alguém pela humildade? Acho que sou tão convencido e confiante... Devem ser meus maiores defeitos... - Ri calmamente junto com este, ele era engraçado.